quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mensagem do Dízimo



segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PARÓQUIA E CULTURA MIDIÁTICA

Escrito por: Cônego Edson Oriolo


Nos dias de hoje, a internet tem causado um grande impacto em conceitos e métodos das ciências como a psicologia, antropologia, a sociologia e, além do mais, evolui ajudando no desenvolvimento econômico, técnico, religioso e científico dos nossos tempos. Basta ver os Estados Unidos e entender que a maior parte da campanha do presidente Barack Obama foi feita pela internet.

O rápido avanço tecnológico e a popularização da internet estão mudando paradigmas no modo de viver e principalmente no modo de comunicar.

Na década de 80, a comunicação era vista na equação “emissor”, “mensagem” e  “receptor”. Mais recentemente, esse modelo está sendo superado por uma nova visão, criando-se uma cultura midiática.

“A cultura midiática muda e cresce, transformando o mundo em torno de si. A Igreja segue com atenção tal processo e tem consciência da sua relevância epocal. Reconhecendo e ajuizando as possibilidades presentes na mídia, a Igreja impregnou-se do seu uso, dispensando um atento discernimento à cultura gerada pelos instrumentos midiáticos. A cultura e a comunicação constituem um areópago de importância crucial para os fins de inculturação da fé cristã”(Diretório de Comunicação da CNBB, 47).

A cultura midiática faz parte da vida das pessoas, do desenvolvimento e torna-se integrante da sociedade.

Antes da existência do rádio, da televisão, do livro, do jornal e da revista, a comunicação se realizava, em todas as sociedades e grupos, pelos processos sociais. Com o advento do rádio, da televisão, do jornal e da comunicação de massa, tais meios  passaram a ter grande influência nas relações das pessoas e dos processos sociais.

Martin Barbero, um semiólogo, antropólogo e filósofo colombiano (espanhol de nascimento e colombiano por adoção), que tem vasta literatura sobre comunicação, afirma que “não existe comunicação sem cultura, nem cultura sem comunicação”.

Na década de 90, o beato João Paulo II na encíclica Redemptoris Missio considera o universo da comunicação social como o “primeiro areópago do tempo moderno” e proclama a necessidade de superar uma leitura simplesmente instrumental da mídia. Não basta usar (os meios) para difundir a mensagem cristã... mas é preciso integrar a mensagem mesma nesta “nova cultura” criada pela comunicação social” (37c).

Atualmente, o papa Bento XVI afirma que “nos primeiros tempos da Igreja, os Apóstolos e os seus discípulos levaram a boa-nova de Jesus ao mundo greco-romano: como então a evangelização para ser frutuosa requereu uma atenta compreensão da cultura e dos costumes daqueles povos pagãos com o intuito de tocar as suas mentes e corações, assim agora o anúncio de Cristo no mundo das novas tecnologias supõe um conhecimento profundo das mesmas para se chegar a uma sua conveniente utilização”.

(Dia das Comunicações-2009, 43). E mais recentemente, na Mensagem do Dia Mundial da Comunicação-2010, 44, diz que “também no mundo digital deve ficar patente que a amorosa atenção de Deus em Cristo por nós não é algo do passado, nem uma teoria erudita, mas uma realidade absolutamente concreta e atual”.

E finalmente, o Documento de Aparecida nos pede para compreender e valorizar a nova cultura da comunicação: “a revolução tecnológica e os processos de globalização formataram o mundo atual como grande cultura midiática” (484) e continua: “a Igreja deve estar presente nos meios de comunicação de massa: imprensa, rádio e TV, cinema digital, sites de internet, fóruns e tantos outros sistemas para introduzir neles o mistério de Cristo (486e). A internet pode oferecer magníficas oportunidades de evangelização, se usada com competência e clara consciência de suas forças e fraquezas (cf. DAp, 488).

Assim, a paróquia que é a Igreja visível espalhada por todo o mundo (cf. SC, 42), nesta cultura midiática, tem grande possibilidades de efetuar um diálogo com a sociedade e de colaborar na construção de um mundo mais humano e no desenvolvimento da qualidade de vida de cristã.

Na atualidade, com a força da transmissão do esporte, do carnaval, das grandes celebrações de piedade popular, dos grandes shows musicais, percebemos na mídia o espaço onde as pessoas buscam uma identificação ou uma resposta para certos valores intangíveis. Buscam, em todo momento, no celular, ipod, tablet, ipad, laptop, uma relação afetiva. Estes aparelhos fazem parte da vida das pessoas.

A paróquia pode prestar um contributo relevante na cultura midiática por meio de um relacionamento humano, nos meios eletrônicos, imagens (celular), sites, blogs, redes sociais( facebook ,o instagran ,o twitter, o pinterest, o tumblr, o orkut, myspace, friendster, Hi5, bebo etc...), emails, tendo em vista um novo modo de se relacionar com as pessoas e na busca de se fazer a experiência cristã de Deus. Também podemos contar com WebTv e WebRádio.

Estes meios de relacionamento têm grandes possibilidades de efetuar um diálogo com a sociedade e de colaborar na construção de um mundo mais humano e no desenvolvimento da qualidade de vida e, principalmente, em levar as pessoas ao encontro com Jesus por meio da paróquia que é o lugar de escutar a Palavra e de celebrar os mistérios de Cristo.

Temos que ter em mente que a pessoa que busca um programa religioso na televisão, que acompanha a pregação de um sacerdote no rádio, que acessa um site para procurar informações e assiste celebrações religiosas está querendo participar de uma comunidade cristã.
Assim sendo, a paróquia, nesta cultura midiática, deve revelar-se como uma comunidade cristã, isto é, um lugar onde vivemos o dom da comunhão, acolhendo-nos como irmãos, partilhando o que possuímos e trabalhamos juntos para construir a civilização do amor.


Sobre o autor:

Cônego Edson Oriolo, Mestre em Filosofia Social, Especialista em Marketing, Pós_Graduado em Gestão de Pessoas, Professor na Faculdade Arautos do Evangelho, Pároco da Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, Colunista da Revista Ecclesia e Paróquias e Casas Religiosas, Conselheiro do iDizimo.com e Membro do Conselho de Conteúdo da Revista Paróquias e Casas Religiosas.

Mensagem do Dízimo



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O católico e o Facebook





Estive lendo algumas reflexões e considerando outras a respeito dos meios de comunicação modernos e atuais. Eu realmente me espanto como os cristãos (católicos) mudam de acordo com o local ou com quem estão. E o ponto principal é o Facebook!

Lá simplesmente todos – quase - se esquecem que são cristãos! Eu fico em choque com pessoas que colocam palavras de baixo calão no Facebook, postam fotos seminus e falam todas as bobagens que conseguem. São cristãos postando imagens de cerveja, de baladas e até de homens ou mulheres nus. São pessoas que não sabem para que serve o Face e qual é a sua finalidade.

Uma grande maioria dos católicos não sabe se utilizar dessa tecnologia para o bem da humanidade, da comunidade, da cidade, da Igreja paroquial, do bairro e o crescimento moral, ético, religioso, político, social e etc. Muitos se utilizam do Face para mostrar seus troféus: filhos, namorada, baladas, prazeres e outros apetrechos sem valor algum para o crescimento humano e cristão. Na maioria delas é, simplesmente, degradante e vergonhoso ver um católico com aquela postura individualista e anticristã.

O Face deve ser um espaço de crescimento e não de vanglória de seus dotes de conquista e de inutilidades envaidecidas pela insignificância que representa. Certos católicos se utilizam do Face para se envaidecer de suas façanhas que acabam destoando com sua vida como cristão. Lamentavelmente isso é muito comum.

O Face deve ser um espaço de evangelização e de crescimento humano e cristão. Digo isso devido à força de nossa fé. Que os pagãos façam isso não há problema algum, mas nós devemos ter outro comportamento. Aproveitar da Mídia para evangelizar e evangelizar com a grossura do Evangelho e não como fazem alguns grupos e movimentos que são – também – vergonhosos.

Um evangelho adocicado e cheio de chantagem também não deve fazer parte da proposta do Face. Certos movimentos não se envergonham em apresentar uma igreja que é atrasada e um Cristo abobalhado e encantado com que se consideram detentores dos poderes religiosos.

Eu penso se os Pastores destas pessoas realmente não estão sendo capazes de pastoreá-las e de evangelizar os Mídias. Isto quando pensamos em termos ecumênicos, se podemos assim pensar! Há por detrás de tudo isso uma grande crise de fé e uma banalização da religião onde qualquer um pode fundar a sua igreja e dizer que a mesma é de Cristo.

Não se tem mais ênfase na Teologia; agora para ser Pastor basta ter “unção”! Nem um teste psicológico é preciso para se tornar Pastor em uma Igreja Pentecostal. Esse é um retrato do que vemos postado nos Faces da grande maioria. Se não corrermos mais depressa iremos morrer sufocados por um evangelho mal pregado e sem mérito de mudança e proposta de vida.

E eu não estou tapando o sol para os tradicionais ou modernos não! As Igrejas tradicionais, não fazem nada pela Santidade na Igreja; apenas defendem os seus interesses e, equivocados, se rendem ao atraso cultural de um tempo que não mais existe.
 
Os dois pontos que me incomodam: o que se posta, curte e compartilha no Face e os pastores que nada ou quase fazem para orientar seu rebanho para uma nova proposta de evangelização através da Mídia.

Os cristãos têm de ser a luz do mundo e não a escoria da sociedade.

Pensemos nisso, especialmente, você que se utiliza do Facebook. O que você posta em seu Face? Ele evangeliza? As pessoas são edificadas com seu post? Ele contribui para o crescimento daqueles que o curtem? O que você compartilha faz sentido?

Feliz Ano Novo com uma nova mudança do seu perfil!

Autor: Pe. Jerônimo Gasques

Paróquia São José - Presidente Prudente / SP
www.saojosepp.org.br

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013