Certamente, o mundo necessita de pessoas que tenha esse dom: o acolhimento das pessoas em todas as suas situações. Acolher não é tão simples como às vezes imaginamos. Ele supõe de certo preparo e de uma vocação especial para esse atarefa.
Na Constituição cap. IV vida apostólica, do Instituto Secular Maria de Nazaré esta escrito: O nosso carisma ‘nazaretano é um carisma de serviço e, portanto, a exemplo de Jesus, seremos acolhedoras com todos sempre. No respeito ao outro, prestaremos um serviço discreto, alegre e desinteressado, sinal de atenção providencial de Deus pelo homem (nº. 32).
Esta é a missão primaria do Instituto. A missão da Tra Noi acena a sua importância nesse serviço desinteressado aos irmãos. Nada mais lindo nesse milênio que saber que existem pessoas que se dedicam ao acolhimento de forma a fazer a Igreja ser mais presente entre as pessoas.
Dom Orione alertava: Devemos ser os carregadores de Deus: grandes trabalhadores, os trabalhadores da humildade, da fé e da caridade . Certamente, ele tinha presente aquelas pessoas que por motivos diversos se sentiam solitárias diante do sofrimento humano.
Na maioria das vezes o sofrimento não é simplesmente uma questão econômica, social ou religiosa apenas. Existem aqueles sofrimentos da alma que machucam muitas pessoas e elas não sabem a quem recorrer. Sofrimento esse que faz as pessoas carregarem um fardo muito pesado.
O dom do acolhimento nos coloca na ordem de Cristo: Todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram (Mt 25,40). Acolher é descobrir, sem mesmo o saber, Jesus presente na pessoa humana; é viver a maior experiência de fé; é ser o portador da esperança em um mundo de tanta desesperança; é a condição para participar da vida do Reino.
O acolhedor vai ao acolhimento com muita singeleza. Não é necessário técnicas, estudos sofisticados. Nada disso. Mas dá um pouco de sua pobreza também. Na maioria das vezes o faz de forma tão natural que ele mesmo não se dá conta do gesto libertador e provocante de Deus.
Acolher é um caminhar em direção ao outro. Colocar se na escuta de suas lamentações; é aprender a ouvir; é colocar se a serviço; é uma vocação.
O exemplo de Maria de Nazaré. Não teve uma duvida sequer quando se levanta e atravessando as montanhas da sua Palestina se dirige à sua prima Isabel. Que gesto grandioso daquela que, sem ser convidada, sente a necessidade de sua presença naquele instante. Assim acontece o acolhimento. Não necessitamos ser convidados. Apenas estar disponíveis faz a diferença do convite.
Tra Noi revela um carisma diferente dentre os tantos conhecidos. O mundo espera por vocês como consagradas seculares para fazer presente a Igreja. Uma pessoa, uma família acolhida nunca mais será a mesma.
O gesto de acolher traz a Santíssima Trindade para dentro de cada um. Há um novo nascimento. O mundo novo nasce naqueles que se sentem acolhidos em suas necessidades. O acolhimento reconforta, renova as energias perdidas pelas dificuldades da vida.
Desejo uma palavra de estimulo por todas as irmãs que vivem esse carisma para que se esmerem nesse trabalho. Façam do acolhimento um verdadeiro gesto divino. Carreguem Deus para dentro dos lares, nas escolas, na Igreja, nas periferias abandonadas, nos hospitais, nas maternidades, nos asilos, enfim, onde há sofrimento vocês deve ser a presença de Deus que faltava.
Esperamos por vocês entre nós.
Fonte : Pe. Jeronimo Gasques www.saojosepp.org.br
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